Ah...poiZé!

Ao falar-vos na pequena oficina de bairro, no pequeno Empreiteiro de obra em casa, na oficina reparadora do velho electrodoméstico, entre outros, estou a referir-me em alguns casos, à “Loja do Marmanjo”, onde pagar e requerer factura, faz com que nos olhem com algum distanciamento e até desconfiança. Ser honesto em Portugal tem pelo menos um acréscimo de 20%, para alguns, no preço do Bem ou Serviço. Quem é que nunca ouviu frases como estas: “…assim é um bocadinho mais caro, vai ter que pagar o IVA!” , “…com factura é ligeiramente mais pesado!…” ou ainda “…já podia ter dito que queria factura, que eu assim já tinha feitos as minhas contas!” Até parece que defender a legalidade é para alguns, um sinal de ser “otário”, “atrasado” ou mesmo “pacóvio”. Já devem ter notado, que mais uma vez, estou a referir-me àquela espécime com características peculiares mas tão farta no nosso país e que não escolhe tez, classe social, religião, partido político ou região de Portugal, para semear a sua vontade … O “Uga. Sim, senhor! Ele aí está. Em versão feminina ou masculina, há para todos os gostos é à escolha do freguês!”. E não nos devemos admirar que outros países, que estão há menos tempo na tão falada, União Europeia nos continuem a ultrapassar nos níveis de desenvolvimento económico, como exemplo. E sabem porquê? Porque o “compadrio”, a “cunha” e o enriquecimento ilícito de alguns com prejuízo directo de muitos também contribui para que continuemos a ouvir muito frequentemente, frases como estas, nos órgãos de comunicação social: “…Portugal continua no ultimo lugar dos países europeus com,…ahpoizé!”