segunda-feira, julho 31, 2006
Quem te avisa, teu amigo é!
Se este é um ditado cheio de propriedade - com que muitas vezes advertimos ou somos advertidos - há também expressões que ouvimos que se revelam óptimas conselheiras, porque para além de nos alertarem para eventuais riscos, significam precisamente o contrário daquilo que se quer dizer.
Escutei recentemente um diálogo entre dois amigos, em que um dizia: “As palabras muitas das bezes são piores do que as facas...”, ao que o outro de pronto acrescentou; “ quanto a ixo não há dúbidas, xe temos falta de descuido na palavra que ujamos...é a morte do artista!» “Falta de descuido”; é isso mesmo, Ah...PoiZé!
Escutei recentemente um diálogo entre dois amigos, em que um dizia: “As palabras muitas das bezes são piores do que as facas...”, ao que o outro de pronto acrescentou; “ quanto a ixo não há dúbidas, xe temos falta de descuido na palavra que ujamos...é a morte do artista!» “Falta de descuido”; é isso mesmo, Ah...PoiZé!
terça-feira, julho 25, 2006
Fumar não prejudica a coluna! Ah...PoiZé!
segunda-feira, julho 24, 2006
Piropos da minha Terra!
O mundo rural é visto por muitos como muito mais rude e abrutalhado quando comparado com o mundo urbano, nomeadamente na forma como as pessoas falam e se relacionam. Eu, pelo meu lado, considero que são simplesmente diferentes.
No mundo rural, por se estar mais perto da natureza e da vida do campo, desde os fenómenos mais raros, até aos acontecimentos mais comuns, tendem a encontrar paralelo nas experiências do quotidiano. O conhecimento desenvolve-se por comparação, com aquilo que se conhece, através de um processo de aproximação sistemático. Este, às vezes, encontra formas rudimentares mas de uma genuinidade incomparável.
Toda esta “lenga-lenga” a propósito da minha recente visita às “berças”, onde se trocam os “b’s” pelos “v’s”. Escutei uns ditos que me fizeram lembrar uns outros que me deliciava a recolher quando vivia na “terra”, antes de me ter tornado um urbano depressivo. As notícias das freguesias, publicadas nos jornais locais eram as minhas favoritas. Para terem uma ideia do que falo, cito apenas duas de memória: «O Senhor Manuel Joaquim comprou um boi de cobrição, parabéns à sua nova indústria» ou ainda, «…a peste suína tem atacado entre nós, a última vítima foi o Senhor José Fernandes…»
Mas não era só a ler e a recortar que me divertia, era também a registar as frases, as expressões de figuras típicas, fosse pelo lado pitoresco ou pela sabedoria popular enraizada que transmitiam.
O fim-de-semana passado, de regresso às origens, enquanto passeava num jardim público, passou uma miúda, daquelas cheias de atributos, a que em Lisboa se apelidaria de “avião” quando ouvi: «Parece um helicóptero!»
Não percebi o alcance daquele piropo (como diriam os meus amigos”viraste um Lisboa!”), o que ele queria dizer com aquilo mas perante o meu ar incrédulo, ele prontamente explicou: «…então não vê? Um helicóptero… gira e “boua”!»
Perante aquela subtil delicadeza, recordei-me de um outro que ouvi há muitos anos, ainda miúdo e que não mais me esqueci, o verdadeiro piropo de salão…da tasca da minha terra: «Ai filha, ai se eu fosse lavrador e me apanhasse nesses lameiros, alfaias no ar…e aquilo é que era lavrar!»
Nesta altura do ano, estes são saberes que devem ser partilhados, nunca sabe quem deles precisará, porque perante piropos destes, uma coisa é certa… não há mulher que lhes resista! Ah…poiZé!
No mundo rural, por se estar mais perto da natureza e da vida do campo, desde os fenómenos mais raros, até aos acontecimentos mais comuns, tendem a encontrar paralelo nas experiências do quotidiano. O conhecimento desenvolve-se por comparação, com aquilo que se conhece, através de um processo de aproximação sistemático. Este, às vezes, encontra formas rudimentares mas de uma genuinidade incomparável.
Toda esta “lenga-lenga” a propósito da minha recente visita às “berças”, onde se trocam os “b’s” pelos “v’s”. Escutei uns ditos que me fizeram lembrar uns outros que me deliciava a recolher quando vivia na “terra”, antes de me ter tornado um urbano depressivo. As notícias das freguesias, publicadas nos jornais locais eram as minhas favoritas. Para terem uma ideia do que falo, cito apenas duas de memória: «O Senhor Manuel Joaquim comprou um boi de cobrição, parabéns à sua nova indústria» ou ainda, «…a peste suína tem atacado entre nós, a última vítima foi o Senhor José Fernandes…»
Mas não era só a ler e a recortar que me divertia, era também a registar as frases, as expressões de figuras típicas, fosse pelo lado pitoresco ou pela sabedoria popular enraizada que transmitiam.
O fim-de-semana passado, de regresso às origens, enquanto passeava num jardim público, passou uma miúda, daquelas cheias de atributos, a que em Lisboa se apelidaria de “avião” quando ouvi: «Parece um helicóptero!»
Não percebi o alcance daquele piropo (como diriam os meus amigos”viraste um Lisboa!”), o que ele queria dizer com aquilo mas perante o meu ar incrédulo, ele prontamente explicou: «…então não vê? Um helicóptero… gira e “boua”!»
Perante aquela subtil delicadeza, recordei-me de um outro que ouvi há muitos anos, ainda miúdo e que não mais me esqueci, o verdadeiro piropo de salão…da tasca da minha terra: «Ai filha, ai se eu fosse lavrador e me apanhasse nesses lameiros, alfaias no ar…e aquilo é que era lavrar!»
Nesta altura do ano, estes são saberes que devem ser partilhados, nunca sabe quem deles precisará, porque perante piropos destes, uma coisa é certa… não há mulher que lhes resista! Ah…poiZé!
sexta-feira, julho 21, 2006
Alerta à navegação!
As exigências do mundo actual, nomeadamente aquelas derivadas da velocidade com que os mais diversos acontecimentos ocorrem e dos inúmeros afazeres que nos são cometidos, não permitem que por vezes, atinjamos o estado de excelência que gostaríamos.
Como temos presente que o “óptimo é inimigo do bom”, lançamos este aviso à navegação quanto aos textos que aqui são editados:
Qualquer gralha, erro ortográfico ou gramatical, falha ou omissão verificada, são da única e exclusiva responsabilidade do navegador (leitor) que a(s) detectar.
Aqui neste blog é assim! Ah...poiZé!
Como temos presente que o “óptimo é inimigo do bom”, lançamos este aviso à navegação quanto aos textos que aqui são editados:
Qualquer gralha, erro ortográfico ou gramatical, falha ou omissão verificada, são da única e exclusiva responsabilidade do navegador (leitor) que a(s) detectar.
Aqui neste blog é assim! Ah...poiZé!
quinta-feira, julho 20, 2006
Agora Xim, não me apanham em falso!
Ainda praticamente ninguém sabe deste meu grande feito, Ah...poiZé! Mas a verdade é que sinto uma alegria imensa.
Isto porque quando entrei para a faculdade, os meus colegas urbanos, dados às últimas novidades falavam então do último grito das tecnologias...o fax! Uma máquina em que se metia um papel, p.e. em Lisboa e saia uma cópia no Porto. Que coisa fabulosa! O problema é que os meus colegas tratavam aquela máquina por tu e eu, nunca tinha visto tal coisa!
Os anos foram passando e finalmente quando comecei a trabalhar, introduzi na minha rotina diária esse tal de "Fax", ao ponto de quando entregava o meu cartão de visita, o fazia com um a propósito: "Fax favor, tem aqui o meu cartão!".
Mas azar dos Távoras, passado não muito tempo, começaram a perguntar-me pelo número de telemóvel... eu lá respondia: "não tenho...mas conheço quem tem!"
Quando finalmente tenho o meu primeiro telemóvel, aparece-me um colega todo empinado: "podes dar-me s.f.f, o teu endereço de mail?"
Hrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...
Tem sido assim sucessivamente, passei a ter endereço de mail mas não tinha um blog! Não tinha, digo bem, porque agora tenho, Ah...poiZé! Digam lá se sou ou não um Homem evoluído e actualizado?
Ah...poiZé!
Isto porque quando entrei para a faculdade, os meus colegas urbanos, dados às últimas novidades falavam então do último grito das tecnologias...o fax! Uma máquina em que se metia um papel, p.e. em Lisboa e saia uma cópia no Porto. Que coisa fabulosa! O problema é que os meus colegas tratavam aquela máquina por tu e eu, nunca tinha visto tal coisa!
Os anos foram passando e finalmente quando comecei a trabalhar, introduzi na minha rotina diária esse tal de "Fax", ao ponto de quando entregava o meu cartão de visita, o fazia com um a propósito: "Fax favor, tem aqui o meu cartão!".
Mas azar dos Távoras, passado não muito tempo, começaram a perguntar-me pelo número de telemóvel... eu lá respondia: "não tenho...mas conheço quem tem!"
Quando finalmente tenho o meu primeiro telemóvel, aparece-me um colega todo empinado: "podes dar-me s.f.f, o teu endereço de mail?"
Hrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...
Tem sido assim sucessivamente, passei a ter endereço de mail mas não tinha um blog! Não tinha, digo bem, porque agora tenho, Ah...poiZé! Digam lá se sou ou não um Homem evoluído e actualizado?
Ah...poiZé!
terça-feira, julho 18, 2006
O porquê de Gato...não fedorento!
"Tu é que és o...dos gatos fedorentos?", "fui ao teu Blog!", "li a tua colaboração na revista do Expresso", estas são só algumas das formas como as pessoas se me dirigiam a propósito do fenómeno "Gato Fedorento". A estas eu respondia repetidamente: "esse, não sou eu, é outro..."
No primeiro "Rock in Rio", encontrei um reputado jornalista - de um dos maiores jornais diários nacionais - com quem tenho ligações profissionais há muitos anos que me contou muito entusiasmado que tinha criado o seu blog. Mais ainda, disse-me que ao contrário de mim, assinava com pseudónimo, dadas as suas funções! Ao que de pronto lhe respondi: "esse, não sou eu, é outro...". Solta uma gargalhada e atira-me: "lá estás tu, sempre a brincar...".
Foram tantas as situações e a insistência que acabei por desistir! Deixei de responder...nem dizia que sim, mas também não dizia que não, apenas um sorriso.
Vai daí..."Ah poizé! O Gato...não Fedorento, cria o seu blog!
Não tenho a pretensão de chamar a mim o entendimento dado pelas brasileiras ao termo "gato" mas tão só o facto, de os olhos azuis, a cor dos meus, serem comumente apelidados de "olhos de gato".
"Não fedorento", porque como já deu para perceber, na verdade, nada tenho a ver com um dos divertidos "Gato Fedorento" com quem, várias vezes me confundiram. Apesar de nome e apelido comum, o mesmo clube, estatura próxima, sentido de humor, um bocadinho anafadinhos - embora actualmente mais magros (o verão está aí) - amigos em comum, a verdade é que não nos conhecemos! Embora, já o conheça de nome (será que estou a confundir com o meu?) vai já lá um tempinho, quando um primo meu, jogador de rugby(bom jogador por sinal, foi capitão da selecção de todos nós), me falou dele pela primeira vez. Recordo-me que foi numa das famosas descidas dos "Kamikazes do Rio", no rio Sella, nas Astúrias. Contava-me sobre um colega de equipa, o qual tinha o mesmo nome que o meu, que era também muito divertido pelo que tinha de o conhecer, porque tínhamos um humor em comum.
Quanto a este aspecto, percebo hoje que era bondade de primo, porque o humor do outro...está em outro nível.
Mário de Sá Carneiro, num dos seus poemas escreveu: "eu não sou eu, nem sou o outro...", relativamente ao problema que ele vivia face a Fernando Pessoa. Com estas confusões todas, cheguei a pensar se sofria do mesmo.
"Ah...poiZé!", pode acontecer a qualquer um!
Mas a mim? Um Homem das Berças?
Não, nada disso!
Eu, sou o EU e o outro, é o Outro! Tão só!
Está explicado! Ah...poiZé!
No primeiro "Rock in Rio", encontrei um reputado jornalista - de um dos maiores jornais diários nacionais - com quem tenho ligações profissionais há muitos anos que me contou muito entusiasmado que tinha criado o seu blog. Mais ainda, disse-me que ao contrário de mim, assinava com pseudónimo, dadas as suas funções! Ao que de pronto lhe respondi: "esse, não sou eu, é outro...". Solta uma gargalhada e atira-me: "lá estás tu, sempre a brincar...".
Foram tantas as situações e a insistência que acabei por desistir! Deixei de responder...nem dizia que sim, mas também não dizia que não, apenas um sorriso.
Vai daí..."Ah poizé! O Gato...não Fedorento, cria o seu blog!
Não tenho a pretensão de chamar a mim o entendimento dado pelas brasileiras ao termo "gato" mas tão só o facto, de os olhos azuis, a cor dos meus, serem comumente apelidados de "olhos de gato".
"Não fedorento", porque como já deu para perceber, na verdade, nada tenho a ver com um dos divertidos "Gato Fedorento" com quem, várias vezes me confundiram. Apesar de nome e apelido comum, o mesmo clube, estatura próxima, sentido de humor, um bocadinho anafadinhos - embora actualmente mais magros (o verão está aí) - amigos em comum, a verdade é que não nos conhecemos! Embora, já o conheça de nome (será que estou a confundir com o meu?) vai já lá um tempinho, quando um primo meu, jogador de rugby(bom jogador por sinal, foi capitão da selecção de todos nós), me falou dele pela primeira vez. Recordo-me que foi numa das famosas descidas dos "Kamikazes do Rio", no rio Sella, nas Astúrias. Contava-me sobre um colega de equipa, o qual tinha o mesmo nome que o meu, que era também muito divertido pelo que tinha de o conhecer, porque tínhamos um humor em comum.
Quanto a este aspecto, percebo hoje que era bondade de primo, porque o humor do outro...está em outro nível.
Mário de Sá Carneiro, num dos seus poemas escreveu: "eu não sou eu, nem sou o outro...", relativamente ao problema que ele vivia face a Fernando Pessoa. Com estas confusões todas, cheguei a pensar se sofria do mesmo.
"Ah...poiZé!", pode acontecer a qualquer um!
Mas a mim? Um Homem das Berças?
Não, nada disso!
Eu, sou o EU e o outro, é o Outro! Tão só!
Está explicado! Ah...poiZé!
Ah...poiZÉ! - O meu Blog
"Ah... poiZé!", é o meu Blog! Lá por ser das berças não quer dizer que não tenha também direito a um!
Não sei o que é isto, nem no que vai dar.
Espero que este espaço me permita recuperar o espírito... Ah poiZé!
Não sei o que é isto, nem no que vai dar.
Espero que este espaço me permita recuperar o espírito... Ah poiZé!