sexta-feira, agosto 11, 2006

 

«...bai pró CARRILHO!»

Estou de Férias! Uauuuuuu...
Em vez de estar onde devia, nas Berças, junto dos meus, vim a banhos, junto “ao inimigo” para Marrocos de Cima, vulgo Algarve. Mas a saudade da santa terrinha aperta sempre um pouquinho...
Aproveito este período para colocar a leitura em dia...ou em noite.
A escolha para a primeira leitura, bai pró Carrilho - esse mesmo,o Professor Carrilho que por sinal é do mesmo distrito que eu - e para o seu livro «Sob o signo da verdade». Esta "obra" inspirada na teoria da conspiração é “bárbara”! Coitado, só lhe fazem mal, os "outros" são maus, tudo foi feito para o prejudicar...
Estas maldades todas que o desgraçado Professor foi objecto, é interessante analisar tam bém do ponto de vista académico. O tema, as situações que relata levam-nos à interna discussão em torno da objectidade/subjectividade da informação.
Os jornalistas falam de objectividade de informação e que é ela que orienta o seu trabalho. Eu, por meu lado, diria que esta objectividade é praticamente impossível de atingir, uma vez que aquilo que recebemos não é a realidade em si, mas um "recorte do real".
O Professor Carrilho leva-nos a crer que esse "recorte do real", na campanha eleitoral das autarquicas últimas, foi feito sempre de forma a prejudicá-lo, ilibando por completo a sua forma de ser, de estar e de actuar.
Perdendo eu a objectividade, se eventualmente houve má vontade de alguns jornalistas, é porque o Professor Carrilho se colocou a jeito! Mas não será também verdade que colheu a boa vontade de outros jornalistas?
A selecção da informação até se tornar notícia passa por uma série de "gatekeepers", num processo de decisões consecutivas. Os critérios utilizados neste processo são os designados "valor notícia".
Há vários autores que aprofundam estas matérias, sendo vasta a bibliografoia nesta área. Alguns teorizadores, defendem que há 9 tipos de valor notícia outros 11...independentemente disso importa perceber o que são os valor notícia. Estes são critérios de selecção da informação em função da actualidade da informação, factor surpresa, proximidade, continuidade, etc. É precisamente na conjungação destes valores todos, no seu conjunto, que se determina o que é e não é notícia.
É comum ouvirmos, com alguma Uma frequência é que a imprensa em geral, dá mais destaque aos acontecimentos negativos do que aos positovos, ou seja as coisas más ganham às coisas boas (mas não é o mesmo que dizer que as más notícias expulsam as boas notícias). A explicação para isto, penso que reside no facto de as coisas negativas, reunirem um maior consenso, p.e., um acidente de automóvel em que morrem pessoas, é um acontecimento negativo para a generalidade das pessoas e daí a prpobabilidade de ser noticia ser maior. Nas últimas eleições para a Câmara de Lisboa, penso que o que se passou com o professor Carrilho, nomeadamente com aquilo que sobre ele foi noticiado, tem a ver precisamente com isto.
Professor Carrilho, “”boçê” não é o único, estas coisas não lhe acontecem só a si e se lhe aconteceram tem que olhar em primeiro lugar para si e esvaziar um bocadinho esse seu ego... como se diz lá para s nossa terra, “mal acomparado” , faz-me lembrar aquela estória da tropa em que um soldado diz: “meu Capitão...” - outro soldado de pronto atira –“meu Capitão, Não! NOSSO Capitão, querias um Capitão só para ti? ” Ah...PoiZÉ, Professor Carrilho queria uma conspiração só para si?

Comments:
hahahahahahahahahahahahahaha
 
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